terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A.'.G.'.D.'.G.'.A.'.D.'.U.'.





Oh! Grande Arquiteto do Universo,
Faça que minhas decisões, meus dias, meus pensamentos,
Sejam os exatos reflexos dos seus ensinamentos,
E eu possa, assim, caminhar com integridade...
Quando fizer algo em favor dos outros,
Que meu nome seja simplesmente, como os demais, citado,
Sendo em tempo algum, jamais exaltado,
Pois, apenas estarei cumprindo minha obrigação de Maçom.

Grande Arquiteto do Universo,
Fazei com que eu não me sinta inebriado por nada,
Que minhas palavras brotem do fundo do coração,
E não sejam, simples arranjos de letras fabricados em meu cérebro e transmitidos,apenas para causar comoção!!!
Não permita que meu ego aprenda a conjugar somente a primeira pessoa do singular,
Incute em meu ser, o sentido do “nós”!!!
E que minhas ações sejam corretas e se difundam, brandamente,
Por intermédio da minha voz.
Se um dia detiver o poder em minha vida profana,
Que seja ele manso, digno, algo que não se ufana,
Posto que é efêmero!
Que eu não imponha regras quando ajudar a um irmão,
Pois deverei fazê-lo com carinho, desprendimento, empolgação,
Não permita que eu aprenda a julgar...
Ensina-me a perdoar,
A não guardar ódio em meu coração,
Pois se assim não for, serei apenas mais um na multidão.
Sentimentos como a cobiça e a vaidade,
Afaste-os do meu caminho.
Pois, caso contrário, é certo que um dia estarei sozinho.
E assim, quando o limite máximo me for imposto,
Que a serenidade esteja presente em meu rosto,
Que a alegria do dever cumprido se faça presente.
Ai então, os amigos haverão de lembrar que pela repetição dos meus atos,
Colecionei e emoldurei todos os fatos,
Se não fiz melhor, ao menos tentei.
Não importa quem eu seja,
Aprendiz, companheiro, mestre ou venerável,
Devo trazer o rosto sempre afável,
Pois esta é a verdadeira razão...
Gestos, sinais, simbologias,
Para dar sentido às nossas vidas, muitas vezes, vazias.
É por isso que nos reunimos...
Para tratarmos de assuntos que enlevam o espírito,
Para polirmos nossas imensas pedras brutas,
Para vivermos em paz, para vencermos nossas lutas...
Combater o despotismo, a tirania, os vícios humanos,
Referimo-nos aos de fora como profanos,
E muitas vezes, cometemos as mesmas e velhas falhas!!!

Grande Arquiteto,
Obrigado pela oportunidade que eu tive,
Obrigado pelos irmãos que ganhei,
E, especialmente, por esta vida que passei!!!
Se outra oportunidade me fosse dada,
Se outra vida pudesse ser vivida,
Se tivesse a opção de escolher,
Seria eu novamente um membro dessa loja,
Onde se aplicam normas de consciência e retidão,
E assim, teria eu novamente a chance de poder dizer,
Que fui um verdadeiro Maçom !!!


Milton S. - São Paulo - Brasil.

Fraternalmente!


TFA.'.

Oque é Maçonaria.


 
 
 
Para definir a maçonaria, numa forma que já se tornou clássica, podemos dizer que é uma sociedade discreta, na qual homens livres e de bons costumes cultuam a liberdade, a fraternidade e a igualdade entre os seres humanos, tendo como princípios a tolerância, a filantropia e a justiça.

Os maçons reúnem-se em um local ao qual denominam de loja, onde praticam seus rituais de reflexão, dirigidos por um mestre maçom experimentado, conhecido por venerável mestre.
Suas cerimônias de reflexão e aprendizado são sempre realizadas em honra e em homenagem a Deus. 
Seus ensinamentos são transmitidos através de símbolos, dando assim um conhecimento profundo e adequado ao nível intelectual de cada indivíduo, combatendo a ignorância em todas as suas manifestações.

A maçonaria tem em mira os três aspectos essenciais: a instrução moral, física e intelectual;a moral abrange a espiritualidade;a física, o conhecimento completo da Natureza e a intelectual, a mística. 
Os ensinamentos maçônicos buscam sempre nos lembrar os tres deveres fundamentais do ser humano, ou sejam, os deveres para conosco, a humanidade e Deus. 
Para conosco consiste em estabelecer a mais perfeita conexão entre a personalidade e a individualidade, entre o corpo e a alma, procurando o aperfeiçoamento do nosso ser.
Para com a humanidade que compreende a família, a pátria e o universo; reconhecer em cada ser vivo a mesma expressão vital que sente em si mesmo, sendo que deste reconhecimento nasce o respeito pela vida e o amor a todos.
Para com Deus que é o princípio de tudo; não podemos reconhecê-Lo como um princípio abstrato, mas reconhecer Sua presença em cada ser vivo, em cada alimento e em cada manifestação da mente humana.

A maçonaria, sob o aspecto filosófico, busca interioridade do saber e a intimidade da ciência, fixando-se no famoso dito socrático, lema muito usado na linguagem maçônica: "Conhece-te a ti mesmo". Este pensamento de Sócrates, filósofo nascido em Atenas aos 470 a.C., poderia significar "Torna-te consciente de tua ignorância", ou seja, temos de ter consciência racional de nós mesmos, para podermos organizar racionalmente a própria vida.

A Maçonaria, ensinando através de símbolos, deve muito à Escola Pitagórica, fundada por Pitágoras, que nasceu na Grécia aos 570 a.C.. A Escola de Pitágoras reconhecia na alma duas partes: inferior, a da paixão, e superior, a da razão. As paixões devem ser dirigidas e governadas pela razão, harmonizando-as; esta harmonia se chama virtude.

Os discípulos de Pitágoras não se dedicavam somente à Astronomia e Matemática; aplicavam-se ao estudo da organização social e política.
As tentativas de Pitágoras numa nova organização social são notadas através das condições que impunha aos discípulos: viver em comunidade, ao trabalho, à contemplação e à instrução em geral, visando um aperfeiçoamento da sociedade.
Atribui-se a Pitágoras o famoso teorema geométrico da definição do ângulo reto, onde "o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos", donde emanam vários ensinamentos para a Arquitetura material e espiritual.

O grau de Companheiro, juntamente com os graus de Aprendiz e de Mestre, são denominados de graus simbólicos; os demais são conhecidos como os graus filosóficos.

O maçon deve preservar a própria dignidade expressa em uma vida honesta e produtiva, contando com o respeito e o reconhecimento espontâneo da sua comunidade. A calúnia e a maledicência são adversárias frequentes da honra, da verdade e da convivência fraterna, impulsionadas pela inveja, pelo ressentimento, pela ociosidade e pela ignorância. A maledicência é uma falha moral de caráter. Nas cerimônias maçônicas a doutrina do silêncio ensina-nos que a palavra só se justifica quando for mais útil que o silêncio. Ela deve ser verdadeira, construtiva e fraterna.



Autoria:  M.'.M.'. Pedro Juchem 
 
 
Fraternalmente!
 
TFA.'. 

A LEI INICIÁTICA DO SILÊNCIO


A LEI INICIÁTICA DO SILÊNCIO
Por: Antonio Rocha Fadista - M.·..I.·.



Platão, chamado a ensinar a arte de conhecer os homens, assim se expressou: “os homens e os vasos de terracota se conhecem do mesmo modo: os vasos, quando tocados, têm sons diferentes; os homens se distinguem facilmente pelo seu modo de falar”.

O pensamento do filósofo Iniciado nos oferece uma excelente oportunidade para uma profunda reflexão, principalmente para todos os que integram a Ordem Maçônica.

Nem sempre nos damos conta de como nos tornamos prisioneiros das palavras que proferimos, por serem elas a expressão do poder do pensamento e da transmissão das nossas idéias e sentimentos, tornando-se assim o centro emissor de vibrações tanto positivas quanto negativas.

Existe um elemento que realmente identifica o Homem como sendo a síntese de todas as forças vitais, como o ser que interliga todos os planos, do mais denso como o mineral, ao mais sutil, como o divino, que cada um tem dentro de si. Este elemento é a palavra, intimamente ligada ao silêncio, outra sublime expressão da psique humana.

No mundo profano a palavra, falada ou escrita, é usada indiscriminadamente e muitas vezes é usada mais na prática do mal do que do bem. A sociedade humana está cheia de palavras que ofendem, que humilham, que magoam e que denigrem a honra do próximo. Se se trabalhasse mais e se falasse menos, com certeza que a humanidade teria uma vida comum mais evoluída e mais civilizada; infelizmente, existem palavras em excesso não só no mundo profano como também nos Templos Maçônicos.

Tal situação é inconcebível em um Maçom, orientado que é para refletir sobre a realidade e sobre o conteúdo oculto das palavras que, em última análise, refletem a essência interior do ser humano.

Não por acaso a doutrina Maçônica reserva o silêncio ao Aprendiz, de acordo, aliás, com a Tradição Pitagórica.

A entrada da Escola fundada pelo Filósofo de Samos, na cidade de Crotona - onde o isolamento do mundo externo era total - exibia a seguinte advertência: “Proibida a Entrada de Profanos”. Esta Escola tinha um sistema de três graus: o de Preparação, o de Purificação e o de Perfeição. Os neófitos, proibidos de falar, eram só ouvintes e cumpriam um período de observação, durante o qual a regra era calar e pensar no que ouviam. Para atingir o Mestrado, era necessário praticar o silêncio durante cinco anos.

Sem dúvida, constitui uma grande prova para todos e também para o Aprendiz, ouvir os Companheiros e os Mestres sem poder falar. Chílon, um dos sete sábios da Grécia Antiga, quando perguntado sobre qual a virtude mais difícil de praticar, respondia: calar.

No mundo maçônico, a dimensão da palavra falada e escrita não é diferente. Na Maçonaria, a relação palavra-linguagem assume tanto os fatos exteriores quanto o ato individual, como pensamento puro que se exprime através da fala ou da escrita.

No Zend Avesta, que contém toda a sabedoria da antiga Pérsia, encontramos normas e regras sobre o uso e o controle da palavra, cuja universalidade desafia os séculos.

Ao entrar em nossa Sublime Instituição encontramos, na ritualística, referências à sacralidade da palavra que, como meio de expressão dos pensamentos e dos sentimentos, deve ser sempre dosada, moderada, e espelhar o equilíbrio interno do orador. Como dizia o Irmão Dante Alighieri na Divina Comédia, exortando o personagem Metelo : “usa a tua palavra como um ornamento”.

À primeira vista, o silêncio do Aprendiz poderia parecer um condicionamento e um castigo; na realidade, o silêncio, a meditação e o raciocínio, são a única via que leva à libertação das paixões e dos maus pensamentos. Além de exercitar a autodisciplina, em seu silêncio o Aprendiz apreende com muito maior intensidade tudo o que ouve e tudo o que vê. Na realidade, o Aprendiz dialoga consigo mesmo e, neste diálogo, ele analisa, critica e tira suas próprias conclusões: em suma, pelo silêncio, a Maçonaria estimula o Aprendiz a desenvolver a arte de pensar, a verdadeira e nobre Arte Real.

Ao cruzar as portas de uma Loja Maçônica, trazendo consigo os conceitos de liberdade total, sem as restrições que lhe impõem a moral e a razão, o Aprendiz paulatinamente aprende a controlar os seus impulsos pela prática espartana do silêncio, aprimorando o seu caráter e preparando-se para ser mais um líder da Magna Obra de construção da sociedade do futuro, na qual prevaleçam a Liberdade responsável, a Igualdade de oportunidades e a Fraternidade solidária.

Tudo se resume na prática da Lei do Amor. O amor se oferece; não se pede e também não se exige. Certamente que o Grande Arquiteto do Universo ilumina e abençoa a todos os que pensam mais do que falam, pois estes espiritualizam a sua matéria, e são os Seus filhos mais diletos.

Em tempo: o Aprendiz não só pode, como deve se manifestar, principalmente quando tiver informação relevante sobre qualquer candidato à Iniciação. Basta pedir a palavra ao Vigilante de sua coluna.


Sincera e Fraternalmente!


TFA .'.