segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Tua Pedra






TUA PEDRA

Tu tens uma pedra... Não o sabias?
no exterior.
Tens, repara.

Nas profundezas de ti mesmo, muito
além da animalidade, na muralha da
tua subconsciência, há uma pedra...

Tosca, fria, impassível, com a dureza
do mármore mais rígido, com dureza
característica da rocha

Mas... tens uma pedra desconhecida e
não a vês, não a percebes, não a
sentes, nem conheces seus efeitos, e
contudo, vive ... vive na solidão dessa
caverna, esperando o instante de ser
lapidada.

Se podes passar a vida, essa efêmera
trajetória, ignorando a sua existência,
ela aguardará inutilmente que a tua
visão interna a descubra na monotonia
da sua espera...

Se a deixas ficar, não a despertas, não
a lavras, permanecerá adormecida
nesse sono extático ... e quando não
existires, quando deixares de ser,
voltará ao montão de outras tantas
pedras que ficaram no caminho, ao
lado dos restos dos que fizeram como
tu

Se, ao contrário, não queres que ela
durma.

Se tentares despertá-la, porque, uma
dor, ou uma angústia mais profunda
deu consciência a tua vida.

Se pretende mergulhar no íntimo de ti
mesmo e consolar-te com as
grandezas do teu espírito para se
emergirem internamente tantas e
tantas lágrimas que não puderam secar
no exterior.

Então...

Suspira profundamente, desce ao
recôndito ABRIGO de tua causa interna
e busca a tua pedra...

É tosca e imperfeita?

Pois faze por lapidá-la, procura facetá-
la, porém age com todo o carinho, com
todo AMOR...

NESSA PEDRA ESTA A ROSA, O
TESOURO DA TUA PRÓPRIA ALMA.



Aut./ Dr. Krumm HeIler (do livro “Rosa Esotérica”)




Fraternalmente!!!


TFA/

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Nossas Chaves.

 

:::: Nossas Chaves ::::


"Uma casa é feita de diferentes divisões e cada divisão tem pelo menos uma porta com fechadura e chave.
Não se pode abrir todas as portas com a mesma chave e, portanto, é necessário ter, para cada fechadura, a chave correspondente. 
Sim, a importância da chave!

Na vida psíquica também existem diferentes chaves para abrir as diferentes portas que são:
o intelecto;
o coração;
e a vontade, graças aos quais nós pensamos, sentimos e agimos. 
Há que descobrir essas chaves e aprender a servir-se delas. 

As três chaves essenciais são:
o amor, 
a sabedoria 
e a verdade.
A sabedoria abre o intelecto,
O amor abre o coração
Ee a verdade abre a vontade.
Quando tendes um problema, experimentai estas chaves.
Não conseguis com a primeira?
Tentai a segunda.
A segunda também não abre?
Tentai a terceira.
Se souberdes como proceder, é impossível que uma destas chaves não acabe por resolver o
vosso problema."


Fraternalmente!
 TFA.



 Ir.'. ednilson
   

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Filosofia da Águia



Filosofia da águia

A águia é uma ave que chega a viver até 70 anos.
Mas para chegar a essa idade ela tem que tomar uma séria e difícil decisão por volta dos 40 anos.
Nessa idade, ela está com as unhas compridas e flexíveis não conseguindo mais caçar suas presas para se alimentar;
seu bico alongado e pontiagudo já esta curvo e suas asas estão apontando contra o peito, envelhecidas e pesadas em função das grossura das pernas;
e voas já está se tornando uma tarefa difícil então.
A águia só tem duas alternativas:morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e recolher-se em um ninho próximo a um paredão, onde ela não necessite voar.
Após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico contra a rocha até conseguir arrancá-lo.
Após arrancálo, espera nascer um novo bico,com qual vaidepois arrancar suas unhas.
Quando as novas unhas começarem a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas.
E somente depois de 5 meses ela sai para seus famosos vôo de renovação.
E poderá viver então,por mais uns 30 anos.

Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. 
Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos deprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor.
Somente quando nos livramos do peso do passado é que podemos aproveitar o resultado valioso que uma alto renovação sempre traz.


Fraternalmente!
 TFA.


Ir.'. ednilson josé dos santos 
  

terça-feira, 11 de maio de 2010

As Peneiras de Hiram

 
 
As Peneiras de Hiram


Antes de me contares algo que possa ter relevância, já fizeste passar a informação pelas "Três Peneiras da Sabedoria" ? ... 


Meia-noite em ponto!

Mais uma jornada na construção do Templo terminara.
Cansado por mais um dia, Mestre Hiram recostou-se sob o frescor do Ébano para o tão merecido descanso. 
Eis que, subindo em sua direção, aproxima-se seu Mestre Construtor predileto, que lhe diz:
– Mestre Hiram... Vou lhe contar o que disseram do segundo Mestre Construtor...

Hiram com sua infinita sabedoria responde:
– Calma, meu Mestre predileto; antes de me contares algo que possa ter relevância, já fizeste passar a informação pelas "Três Peneiras da Sabedoria?".

– Peneiras da Sabedoria??? 
Não me foram mostradas, respondeu o predileto!

– Sim... Meu Mestre! 
Só não te ensinei, porque não era chegado o momento; porém, escuta-me com atenção: tudo quanto te disserem de outrem, passe antes pelas peneiras da sabedoria e na primeira, que é a da VERDADE, eu te pergunto:

– Tens certeza de que o que te contaram é realmente a verdade?

Meio sem jeito o Mestre respondeu:
– Bom, não tenho certeza realmente, só sei que me contaram...

Hiram continua:
– Então, se não tens certeza, a informação vazou pelos furos da primeira peneira e repousa na segunda, que é a peneira da BONDADE. E eu te pergunto:

– É alguma coisa que gostarias que dissessem de ti?

– De maneira alguma Mestre Hiram... Claro que não!

– Então a tua estória acaba de passar pelos furos da segunda peneira e caiu nas cruzetas da terceira e última; e te faço a derradeira pergunta:

– Achas mesmo necessário passar adiante essa estória sobre teu Irmão e Companheiro?

– Realmente Mestre Hiram, pensando com a luz da razão, não há necessidade...

– Então ela acaba de vazar os furos da terceira peneira, perdendo-se na imensa terra. Não sobrou nada para contar.
– Entendi poderoso Mestre Hiram. 
Doravante somente boas palavras terão caminho em minha boca.
– És agora um Mestre completo.
Volta a teu povo e constrói teus Templos, pois terminaste teu aprendizado.
Porém, lembra-te sempre: as abelhas, construtoras do Grande Arquiteto do Universo, nas imundícies dos charcos, buscam apenas flores para suas laboriosas obras, enquanto as nojentas moscas, buscam em corpos sadios as chagas e feridas para se manterem vivas.

Fraternalmente!


TFA.


Ir.'. ednilson jose dos santos

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Regime Escocês Retificado

O Regime Escocês Retificado é um sistema maçônico e cavalheiresco cristão que foi constituído na França no terceiro quarto do século XVIII.

Depois de um aparente eclipse durante o século XIX, conhece atualmente, e sobretudo depois dos anos 60, uma renovada vitalidade.

O Grande Priorado de Gálias foi criado na Espanha em 1986, onde duas Comendadorias foram a raiz da criação do Grande Priorado da Espanha de K.T. instalado pelo Grande Priorado da Inglaterra em 1994, e foi elevado à Priorado, ficando independentes do Grande Priorado da Espanha enquanto ao Rito e a transmissão própria do Regime Retificado.

Nascido na França, o Rito Escocês Retificado foi, e continua sendo praticado em sua maior pureza e integridade originais sob a égide do Grande Priorado de Gálias, jurisdição independente e soberana que é conservadora e garantidora do Regime. O Grande Priorado de Gálias conserva os rituais em toda a sua pureza e integralidade iniciais, de igual modo que a Constituição Original, o Código Maçônico das Lojas Reunidas e Retificadas da França e o Código Geral dos Regulamentos da Ordem dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa (C.B.C.S.) de 1778. O Grande Priorado de Gálias é o garantidor da prática autêntica e regular do Rito.

É preciso assinalar que a noção do Regime tem a ver com a organização estrutural do Sistema e a do Rito com a prática ritual propriamente dita. As duas expressões: Regime Escocês Retificado e Rito Escocês Retificado não são pois intercambiáveis nem significam o mesmo, ainda que o uso diário as confunda facilmente, possivelmente por causa de suas siglas comuns: R.E.R..

O Grande Priorado de Gálias não é, no sentido preciso do termo, um Grande Priorado Templário. É um Grande Priorado do Rito Escocês Retificado. Entretanto, conforme a vontade formal de seus fundadores, conserva uma filiação espiritual com a antiga Ordem do Templo.

O Regime Escocês Retificado tem por objetivo manter e fortificar, não só a Ordem Interior, mas sim também as Lojas maçônicas, os princípios que são sua base e fundamento:

A fidelidade à religião cristã, fundamentada na fé na Santíssima Trindade;

A total adesão aos princípios e tradições, tanto maçônicos como cavalheirescas do Regime, que se traduzem num aprofundamento na fé cristã e no estudo da doutrina esotérica cristã, ensinada na Ordem;

O aperfeiçoamento do indivíduo pela prática das virtudes cristãs com o fim de aprender a vencer as paixões, corrigir os defeitos e progredir na via da realização espiritual;

A total dedicação à pátria e ao serviço ao próximo;

A prática constante de uma beneficência ativa e esclarecida a todos os homens, sem importar qual seja a sua raça, nacionalidade, situação, religião e suas opiniões políticas ou filosóficas.

Em definitivo, o Regime Escocês Retificado propõe a realização espiritual como finalidade a cada um de seus membros, facilitando-lhe os meios para conseguir-lo, e em convertê-los em homens verdadeiros, templos de Deus.

A origem e a estrutura histórica do Regime Escocês Retificado

Temos como origens históricas:

(a) A Maçonaria francesa da época, com a proliferação dos graus mais diversos (Willermoz conhecia todos e praticou muito deles) e que uma vez depurada, seria estruturada em 1786-1787 em um Sistema que levaria mais tarde o nome de Rito Francês, com seus três graus e quatro Ordens, sem esquecer os diversos graus cuja combinação constitui o que veio a se chamar de Escocismo.

(b) O Sistema próprio de Martinez de Pasqually, personagem enigmático, embora inspirado, que tanto Willermoz como Louis-Claude de Saint-Martin reconheceram sempre como seu Mestre, Sistema este denominado de Ordem dos Cavaleiros Maçons Eleitos Cohens do Universo.

(c) A Estrita Observância, também dita Maçonaria Retificada ou Reformada de Dresde, Sistema alemão em que o aspecto cavalheiresco primava absolutamente sobre o aspecto maçônico, e que pretendia ser, não a herdeira, mas sim a restauradora da antiga Ordem do Templo abolida em 1312.

As duas fontes espirituais são:

A doutrina “esotérica” de Martinez de Pasqually cujo conteúdo essencial versa sobre a origem primeira, a condição atual e o destino último do homem e do universo;

A Tradição cristã indivisível, nutrida pelos ensinamentos dos padres da Igreja.

Diferentemente do que alguns crêem, estas duas doutrinas são uma só e são secretas.

A classe simbólica ou Ordem maçônica, na qual se conferia e levava ao término à iniciação maçônica (também atualmente) estava subdividida em quatro graus, a saber:

os graus praticados nas Lojas de São João, também ditas Lojas Azuis (por causa da cor de suas decorações); e o grau de Mestre Escocês de Santo André, praticado nas Lojas de Santo André ou Lojas Escocesas, ditas Lojas Verdes pelas mesmas razões. Sem este quarto grau, a iniciação maçônica fica incompleta. A cerimônia de recepção a este grau recapitula e culmina o conteúdo iniciático e doutrinal dos três que lhe precedem, dando ao conjunto uma total coerência. Ao novo Mestre Escocês de Santo André, lhe é dado a contemplar tudo o que pode esperar até alcançar sua reintegração na Jerusalém Celeste, objetivo da iniciação maçônica.

Estes quatros graus estão fundamentados na reconstrução interior do homem pelo aprofundamento da fé e da prática assídua das virtudes cristãs. Uma vez que o Mestre Escocês de Santo André dá mostras de ter alcançado o grau de realização espiritual, quando prova que efetivamente levou a cabo sua iniciação maçônica, é onde pode ter acesso à Ordem Interior.

A Ordem Interior é uma Ordem de cavalaria cristã de nenhum modo assimilável, nem a um Sistema de altos graus, nem aos graus filosóficos. Comporta duas etapas:

Uma primeira etapa preparatória e transitória que é a de Escudeiro Noviço. A qualidade de Escudeiro Noviço se confere pela cerimônia de investidura. Esta qualidade é, sem embargo, revogável. O Escudeiro Noviço tem como única tarefa preparar-se, durante o prazo de pelo menos um ano, para converter-se em Cavaleiro; mas se durante este período de tempo não mostra a preparação requerida, pode e inclusive deve, segundo o disposto no Código dos C.B.C.S., ser retrocedido a sua condição de Mestre Escocês de Santo André.

A segunda etapa é a de Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa (C.B.C.S.). Esta etapa não é um grau, senão uma qualidade que se confere na cerimônia de armamento. Esta cerimônia se celebra normalmente na presença do Grão Mestre Nacional, e pelo Grão Prior da Ordem dos C.B.C.S. em pessoa, ou na sua falta, por um dignitário designado.

O Cavaleiro tem o dever de obrar ativamente na Ordem e no mundo, para por em prática os ensinamentos morais, religiosos e doutrinais recebidos nas Lojas de São João e de Santo André. Lojas que não abandona e onde deve agora mais do que nunca, dedicar-se ao serviço de seus irmãos e ao de todos os homens, particularmente, o exercício da beneficência.

No século XVIII, existia ainda mais uma classe secreta, a dos Professos. Os Cavaleiros que a compunham se dividiam em duas categorias: os Professos e os Grandes Professos, reunidos em um Colégio Metropolitano. Estes, ainda que comprometidos de maneira total com a Ordem, não exerciam, contudo, mais que componentes dessa classe secreta, não exercendo função de responsabilidade ou direção administrativa alguma, já que estas últimas eram competências unicamente da Ordem Interior; os Professos e Grandes Professos se dedicavam, mediante o estudo e a meditação, a aprofundarem-se na doutrina exposta nos textos (instruções secretas) conservados pelo Colégio Metropolitano, estando encarregados de vivificar a Ordem, tanto por seus conhecimentos como por seu exemplo de vida. Esta classe parece ter desaparecido, ou se por acaso existe, prossegue como na sua origem, com uma existência muito discreta.

Segundo as decisões adotadas no Convento de Gálias e logo confirmadas pelo Convento de Wilhelmsbad, o Regime Escocês Retificado – desvinculando-se assim da Estrita Observância – renuncia uma filiação histórica com a Ordem do Templo, embora conservando com ela uma filiação espiritual, ilustrada pela adoção, neste mesmo Convento, da denominação de Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa, fazendo com isto referência aos pobres cavaleiros de Cristo, origem da Ordem do Templo, e não a Ordem rica e poderosa em que seus sucessores a converteram ao longo do tempo e até a sua dissolução.

Por sua filiação espiritual, o Regime Escocês Retificado reivindica, da mesma forma que a Ordem do Templo, a dupla qualidade cavalheiresca e religiosa. Esta dupla qualidade, que aparece já ao longo dos graus maçônicos e se confere plenamente pelo armamento, não é de se empregar somente no mundo dos séculos XII ou XVII, senão que é atemporal e os meios para se levar a cabo, cuja natureza é essencial, permanecem imutáveis, visto que consistem no colocar em prática cotidiana e universal as virtudes teológicas da fé, da esperança e da caridade. Isto se expressa nos deveres impostos, não somente aos C.B.C.S., mas sim também ao maçom retificado desde o grau de aprendiz, como são a defesa da santa religião cristã e o exercício da beneficência a todos os homens e em particular aos mais fracos e aos inválidos.

As estruturas hierárquicas e administrativas do Regime

Desde a sua constituição, o Regime tomou segundo as adaptações decididas, primeiro no Convento de Gálias e depois no de Wilhelmsbad, a divisão administrativa que a Estrita Observância reconstituiu e que era da antiga Ordem do Templo. Segundo esta divisão, o território francês estava repartido em três Províncias: a IIª Província, Auvernia, com a cidade de Lyon como sua sede; a IIIª Província, Occitania, com sede em Bordeos; e a Vª Província, Borgonha, com sede em Estrasburgo.

Desde a sua reconstituição em 1935, o Grande Priorado de Gálias é considerado histórica e espiritualmente, como sucessor da Província de Auvernia da qual tem as armas e a divisa. No mesmo espírito, detém os direitos da Província de Occitania. É no ano 1935, que o Grande Priorado Independente de Helvetia, outorga carta-patente ao Grande Priorado de Gálias, estabelecendo-lhe assim com todos os seus direitos e prerrogativas.

No século XVIII, coexistia uma dupla hierarquia, dirigida pelos mesmos dignitários, mas com denominações distintas, com o fim de evitar toda confusão entre a classe simbólica ou Ordem maçônica e a Ordem Cavalheiresca. Esta distinção fundamental subsiste ainda.

Até o ano de 1958, o Grande Priorado de Gálias dirigia a Ordem Interior, enquanto que uma Grande Loja Escocesa Retificada, trabalhando sob os auspícios do Regime Escocês Retificado, conferia os quatro graus maçônicos nas Lojas de São João e de Santo André.

Por um acordo datado de 7 de Julho de 1958, o Grande Priorado de Gálias decidiu a dissolução da Grande Loja Retificada e entregou a gestão dos três primeiros graus à Grande Loja Nacional Francesa, sob cuja autoridade pois suas Lojas de São João, mediante o compromisso das partes signatárias que a prática destes graus seria feito conforme o Código Maçônico das Lojas Reunidas e Retificadas de 1778, cuja validade se via assim oficializada (Artigo 1º do acordo). Toda esta operação foi certamente facilitada pelo fato que a restauração da regularidade maçônica da França foi produzida graças à obra de uma Loja Retificada, a Loja Centre des Amis nº. 1, que foi a origem da fundação, em 1913, da Grande Loja Nacional Independente e Regular para a França e para as colônias francesas, que passou a ser em 1948 a Grande Loja Nacional Francesa. Enquanto as Lojas de Santo André, separadas das Lojas de São João e que deviam ter estado até então intimamente unidas – o que indubitavelmente representa um prejuízo à coerência interna da classe simbólica, foram postas sob a autoridade de um Diretório Escocês (Artigo 4º do mesmo acordo). Esta é a organização que subsiste atualmente.

O Grande Priorado de Gálias – Ordens Unidas está posto sob o governo supremo de um Grão Mestre Nacional que dirige a Ordem assistido por um Conselho Nacional composto de Grandes Dignitários. Um Grande Capítulo, composto com o máximo de 27 Grandes Cavaleiros Capitulares, constitui o órgão deliberante e se reúne ao menos uma vez ao ano. O Grão Mestre é igualmente assistido na sua tarefa pelos Inspetores Gerais. Por outra parte, um Rei de Armas supervisiona assistido por um colégio de Heraldos e Persevantes de Armas, o Armorial do Grande Priorado. Os assuntos administrativos e financeiros são regulados, sob a autoridade do Grão Mestre, por um Grão Chanceler e seus Grandes Chanceleres adjuntos.

A direção da Ordem maçônica reduzida como anteriormente dito, as Lojas de Mestres Escoceses de Santo André correspondem – por delegação do Grão Mestre Nacional – a um Deputado Mestre Geral, o qual preside nas mesmas condições o Diretório Nacional das Lojas Escocesas Reunidas e Retificadas, que é o órgão deliberante e que se reúne ao menos uma vez ao ano. O Deputado Mestre Geral é assistido por um Inspetor Geral das Lojas Escocesas e por um Colégio de Grandes Oficiais.

O território nacional é dividido, no que diz respeito à Ordem Interior, em Prefeituras e Comendadorias, e no tocante a Ordem maçônica, nos Diretórios Provinciais, coincidindo suas competências territoriais. A Prefeitura é dirigida por um Prefeito e por um Capítulo Prefeitorial, que reúne os C.B.C.S. e os Escudeiros Noviços do território. A Prefeitura reagrupa as várias Comendadorias que reúnem, por sua vez, os C.B.C.S. e seus Escudeiros Noviços. O Diretório Escocês Provincial, dirigido por um Deputado Mestre Provincial, vela pela boa execução dos trabalhos das Lojas Escocesas de sua zona sob as diretrizes do Diretório Nacional.

Convém citar que o Grande Priorado de Inglaterra e Gales transmitiu ao Grande Priorado de Gálias, em Setembro de 1992, o grau maçônico de Cavaleiro de São João, Palestina, Rodes e Malta abreviado: Cavaleiro de Malta. Em virtude do qual, o Grande Priorado de Gálias constituiu um Grande Priorado de Malta, reagrupando atualmente seis Priorados de Malta, no seio dos quais este grau de Cavaleiro é conferido aos C.B.C.S. como um complemento da espiritualidade cavalheiresca cristã.

Em 5 de Fevereiro de 2000, e como complemento deste Grande Priorado de Malta, o Grande Priorado da Escócia representado por seu Grão Mestre, consagrou uma Preceptoria de Cavaleiros do Templo e entregou uma patente para a prática da Ordem do Templo (Knights Templar) ao Grande Priorado de Gálias.

É, todavia, vigente uma deliberação do Diretório Escocês de Auvernia, na data de 25 de Abril de 1777, em que autorizava a comunicação dos altos graus em uso nas Lojas antes da reforma (se referia a reforma de Lyon, ou seja, a Retificação) que referendava os graus chamados a constituir alguns anos mais tarde as quatro Ordens do Rito Francês com exclusão dos graus de vingança, expressamente proibidos pelo Código Maçônico das Lojas Reunidas e Retificadas, sendo o ponto culminante desta comunicação a da quarta Ordem Francesa, a do Soberano Príncipe Rosacruz.

Por tudo isto e em virtude da dita deliberação, o Grande Priorado de Gálias (G.P.D.G.), que tem por vocação prosseguir a obra de seus fundadores, decidiu praticar os Altos Graus da Maçonaria Francesa. No ano de 1995, o Grande Priorado de Gálias recebeu uma patente da Holanda, único país no mundo que pratica regularmente estes Altos Graus. Esta transmissão conduziu logicamente a criação em 1997 do Grande Capítulo Geral dos Altos Graus do Rito Francês com o fim de transmitir aos irmãos Retificados as Ordens Francesas em acordo com o Capítulo Xº do Código Maçônico das Lojas Escocesas Reunidas e Retificadas de 1778. Em conseqüência, o Grande Priorado de Gálias agregou a sua denominação o subtítulo de ORDENS UNIDAS que compreende atualmente:

A Ordem dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa;

A Ordem Religiosa, Militar e Maçônica do Templo e São João da Palestina, Rodes e Malta;

O Grande Capítulo Geral dos Altos Graus do Rito Francês.

Epítome

Desde a sua criação em 1935, e especialmente desde 1984, o G.P.D.G. se propôs a ser um zeloso defensor do Rito Escocês Retificado, aplicando-se com rigor e vigilância em transmitir um ensinamento espiritual que seja o mais conforme com o espírito dos fundadores do Regime, com a constante preocupação por salvaguardar a especificidade e a identidade do Rito e praticar os autênticos rituais. Esta preocupação pela qualidade iniciática tem sido parceira de um fortalecimento dos laços de união do G.P.D.G. com os Grandes Priorados e as Grandes Lojas do mundo. A seguir, alguns dos acontecimentos mais importantes de sua história recente:

Em 12 de Setembro de 1992, é implantada na França, no marco do G.P.D.G., a Ordem Religiosa Militar e Maçônica dos Cavaleiros de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta. Com o título The Most Eminent & Supreme Grand Master do Grande Priorado da Inglaterra e Gales, Harold Devereux Still, acompanhado de uma importante delegação britânica, procedeu a cerimônia de instalação na presença do Grão Prior da Bélgica, a quem graças esta implantação foi possível. Esta mesma cerimônia teve na véspera lugar em Bruxelas. Os Mui Reverendos Cavaleiros Daniel Fontaine, Marc Bravi e Jean-Claude Tardivat foram instalados Eminentes Priores. Neste mesmo dia foi conferida ao Mui Reverendo Cavaleiro Daniel Fontaine a capacidade de proceder na qualidade de Grão Mestre das ORDENS UNIDAS, qualidade que lhe foi reconhecida solenemente por todos os Cavaleiros presentes, e na mesma cerimônia, se entregou a Sir Harold Devereux Still seu diploma de Grão Mestre Nacional de Honra do GRANDE PRIORADO DE GÁLIAS – ORDENS UNIDAS. No curso da cena que seguiu a cerimônia, Sir Harold Devereux declarou que seus noventa anos e algumas primaveras lhe haviam dado suficiente perspectiva como para, contemplando os acontecimentos do século, ver com certeza que nossa civilização ocidental cristã havia tocado fundo e que o único artesão eficaz para sua retificação seria a maçonaria cristã e singularmente as Ordens cavalheirescas cristãs.

Em 27 de Março de 1993, é firmado em Berlim um tratado de amizade entre o G.P.D.G. e a Grosse LandesLoge der Freimaurer von Deutschland que pratica o Rito de Zinnendorf, muito próximo ao Rito Escocês Retificado.

Em 1995, retorna à França os Altos Graus do Rito Francês. Publicamos em particular a benevolente carta escrita nesta ocasião pelo Grão Mestre da G.L.N.F.: De fato, a deliberação por todos conhecida do Diretório Escocês datada de 25 de Abril de 1777 (ver Cahier Vert nº. 10-12) relativa à possível comunicação aos irmãos que tiveram sido recebidos Escoceses, dos Altos Graus de uso antes da reforma, conhecidos sob a denominação de Escocismo, Cavaleiros do Oriente, Rosacruz, e outros da mesma categoria, estipula que as autoridades do Regime Escocês Retificado poderiam conferir estes graus do Sistema em sete graus do Rito Francês aos Mestres Escoceses de Santo André, graus entre os quais, em particular o de Rosacruz, eram praticados em Lyon por Willermoz e seus amigos antes da fundação do Regime Retificado. A condição implícita era que aquele que conferisse este grau deveria ter recebido de maneira regular. Conforme o espírito dos fundadores, alguns irmãos do G.P.D.G. mostraram desejos de descobrir e praticar o grau de Rosacruz, grau este, muito querido por Willermoz. Buscaram quem o tinha recebido regularmente, e como conseqüência, poderiam regularmente transmitir-lo. Foi então quando puderam comprovar que só a Ordem dos Altos Graus dos Países Baixos era o único Organismo do mundo que praticava regularmente este grau e estava habilitado para transmitir-lo. Foi então logicamente até este Organismo que os Cavaleiros Daniel Fontaine e Marc Bravi, ajudados pelo Grão Mestre do Grande Priorado da Bélgica, Pierre Nöel, dirigiram seus passos, tendo lugar o primeiro encontro em 1991. Sucessivas missivas e correspondências foram trocadas entre ambas as Jurisdições. A partir de 16 de Abril de 1993, vários membros do G.P.D.G. foram recebidos como Soberanos Príncipes Rosacruzes pelo Capítulo DELTA dos Países Baixos. Em 18 de Fevereiro de 1995, o Capítulo francês EX ORIENTE LUX foi consagrado em Eliden, concedendo a ele sua independência nesta mesma ocasião. Forma atualmente, junto com o Capítulo HARMONIA, o Grande Capítulo dos Altos Graus do Rito Francês, constituído em Paris em 29 de Novembro de 1997 e que é parte integrante do G.P.D.G. – ORDENS UNIDAS. (Cf. o folheto Les Cahiers Historiques d’Epitome, nº. 1, Agosto de 1999).

De 12 a 14 de Setembro de 1997, o G.P.D.G. participou na Suécia da quarta Conferência Internacional de Grandes Priorados do Mundo, que recordou e reafirmou o princípio de soberania exclusivo de um só Grande Priorado por país, precisando que toda intervenção de uma Grande Loja fosse considerada como ato de ingerência. Nesta ocasião, os 21 Grandes Priorados presentes reafirmaram seu reconhecimento mútuo baseado em sua legitimidade.

Nos dias 24 e 25 de Abril de 1998, se deu em Gressy (França) o Convento Geral da Ordem, reunindo durante duas jornadas de estudos os Grandes Priorados Retificados de Helvetia, Lusitânia (Portugal) e de Gálias assim como os Priorados da Hispania (Espanha) e Togo, unindo-se finalmente, o Grande Priorado da Bélgica, aos trabalhos da sessão de fechamento. O Convento estudou as diferentes facetas da especificidade do Regime Retificado e elaborou toda uma série de projetos de ação que deverão ser levados a cabo em comum pela família retificada. (Cf. o folheto Convento Geral da Ordem dos C.B.C.S.).

Em 12 de Julho de 1999, o Priorado de Togo foi elevado a Grande Priorado pelo G.P.D.G. que lhe entregou uma carta-patente autorizando-lhe a praticar de maneira integral o Regime Escocês Retificado assim como a Ordem de Malta. Este Grande Priorado foi imediatamente reconhecido pelo conjunto de Grandes Priorados Retificados, assim como pelos Grandes Priorados da Escócia, Inglaterra, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia e pelas Grandes Lojas da Suécia e Alemanha, felicitando-se todos por ser o primeiro Grande Priorado criado na África. (Cf. o folheto Les Cahiers Historiques d’Epitome, especial Togo, nº. 2, 25 de Setembro de 1999).

Em 9 de Outubro de 1999, o Grão Mestre do Grande Priorado da Escócia, Roy Scott foi por solicitação sua armado C.B.C.S. na Prefeitura d’Isle de France pelo Grão Mestre das ORDENS UNIDAS (Daniel Fontaine). Em virtude dos laços espirituais fundamentados sobre a filiação templária que unem estes dois Grandes Priorados, o Grão Mestre da Escócia solicitou oficialmente ao G.P.D.G. o outorgamento de uma carta-patente do Regime Escocês Retificado, que lhe foi imediatamente concedida.

Em 5 de Fevereiro de 2000, o Grande Priorado da Escócia, representado pelo seu Grão Mestre e acompanhado por uma importante delegação de Grandes Dignitários, consagrou em Paris uma Preceptoria dos Cavaleiros do Templo (Knights Templar). O Grão Mestre das ORDENS UNIDAS Daniel Fontaine foi instalado Venerável Preceptor de Santo André, Preceptoria que depende por sua vez do Grande Priorado da Escócia e do G.P.D.G.. Neste mesmo dia foi entregue uma carta-patente para a prática da Ordem do Templo (Knights Templar) ao Grande Priorado das Gálias. Esta Preceptoria foi imediatamente reconhecida pelo Grande Priorado da Inglaterra e Gales assim como pelo da Irlanda.

Em 25 de Agosto de 2000, se desenvolveu na Escócia a quinta Conferência Internacional dos Grãos Mestres, na qual o G.P.D.G. foi convidado e assistiu representado pelo seu Grão Mestre e vários Dignitários da Ordem.

Ao recordar todos estes importantes acontecimentos temos por finalidade provar – se é que ainda é necessário – que a projeção do Regime Escocês Retificado no mundo é uma realidade viva, que se nutre de intercâmbios e se reforça com laços sólidos como bem confirmam todas estas solicitações e intercâmbios de patentes. O GRANDE PRIORADO DE GÁLIAS desejou sempre desenvolver-se harmoniosamente junto a outros Ritos reconhecidos internacionalmente com a denominação dos Altos Graus. No entanto, como Ordem Cavalheiresca e Maçônica, tem o dever de guardar e manter a amizade e amabilidade ante o conjunto da comunidade cavalheiresca e maçônica, e mais especialmente em sua família natural, as Ordens e Ritos cristãos.




Fraternalmente!


T.'.F.'.A.'.!


Colaboraração:

Ir.'. ednilson josé dos santos




segunda-feira, 5 de abril de 2010










Rito Egipcio Memphis-Misraim








RITO DE MEMPHIS-MISRAIM



Essa Obediência Maçônica, que celebrou seu bicentenário em 1988, surgiu quando os dois Ritos, de Memphis e de Misraim, foram reunidos em 1881, por Giuseppe Garibaldi, que se tornou seu primeiro Grão-Mestre.

O Rito de Misraim foi fundado em Veneza em 1788. Sua filiação veio através de Cagliostro, que o erigiu com os Graus Menores da Grande Loja da Inglaterra e os Altos Graus da Maçonaria Templária Alemã.

O Rito de Memphis foi constituído em Montauban em 1815, por Franco-Maçons que em 1799 haviam participado com Napoleão Bonaparte da Missão do Egito. A esses dois Ritos foram adicionados os Graus Iniciáticos que vieram de Obediências Esotéricas do século XVIII: do Rito Primitivo e do Rito dos Philadelphos, entre outros.


Antes de 1721, quando foi citada pela primeira vez, Narbonne disse: " Ele era o herdeiro de duas escolas do passado Egípcio e Rosicruciano. Egípcio pelo Colégio dos Arquitectos Africanos "(feita aqui, no sentido de Egípcia) e Rosicruciano pelos" Irmãos do Rose-Croix d'Or "ou da Ásia que na realidade, eram os originais "Sancti Evangelistae Johannis".

O Rito tinha praticamente desaparecido em 1779 quando ele foi restabelecido ao seu primitivo vigor pelo Marquês de Chefdebien decalcado sobre o Rito de Philalèthes e ele tomou o nome do Primitivo Rito Philalèthes ou Primitivo Rito de Narbonne.

Em 1798, oficiais do exército de Bonaparte, todos membros do Grande Oriente de França e discípulos de Rito de Narbonne, numa missão no Egipto tomaram contacto com os iniciados do Sufismo bem como de Faculdades Druze no Líbano. Eles decidem renunciar a filiação da Grande Loja Unida da Inglaterra e abraçam a criação de um novo Rito.

Assim nasceu a loja "Os Discípulos de Memphis", no Cairo, na sequência da tradição do Rito de Narbonne. Samuel Honis, iniciou esta loja, retornou a França em 1814 e instala em Montauban, a 23 de maio de 1815 uma subsidiária da loja "Discupulos de Memphis", que passa a ser a Grande Loja de Memphis.


21 de Janeiro de 1816: "MARCONIS DE NEGRO" foi eleito Grande Hierofante.


23 de Março de 1838: deu-se a criação em Paris da loja "OSIRIS".


21 de Maio de 1838: Criação em Bruxelas da loja "BIENFAISANCE".


17 de Junho de 1841: Proibição e policiamento pelo prefeito de Paris na sequência de uma denúncia realizada por um Republicano.

5 de Março de 1848: Autorização para retomar os trabalhos. Grandes Lojas Nacionais então liquidadas em diferentes países, incluindo a Roménia, os Estados Unidos da América, Egipto, Austrália, Inglaterra.

O Rito de Misraïm aparece (ou melhor, reaparece), em Veneza, em 1788. Um grupo de Socinians (seita protestante anti-trinitária) recebeu uma patente de Cagliostro. Deram os primeiros três graus da Maçonaria e os altos graus da Maçonaria Templária Alemã.

O Rito apareceu rapidamente em Itália e em França com os irmãos Bédarride que, a partir de 1810 a 1813, desenvolveram este Rito com sucesso, sob a protecção do Rito Escocês.

O rito de Misraïm traçou laços estreitos com os Carbonarios, tornando-se um terreno fértil de refúgios. Cerca de cinquenta lojas são criadas nos Países Baixos, França, Suíça.

Em 1818, deu-se a publicação em Bruxelas do Estatuto Geral da Ordem de Misraïm para os Países Baixos. Ela já existia em outros lugares, incluindo Antuérpia, Mons, Kortrijk e Bruxelas.

Em 1829, o Rito é introduzido na Escócia e na Irlanda.
Em 1822, O Rito foi denunciado à polícia como "inimigo do estado, do altar e do Trono", mas a polícia não pôde proibi-lo.
Em 18 de Janeiro de 1823, numa rusga a Brother Vehrnes em Montpellier, encontraram-se documentos anti-clericais e o Rito é proibido.

Irá retomar as suas atividades em 1838, mas é novamente proibido 1841 e, finalmente, restaurado em 1848.

Pouco tempo após a instalação do Rito na Inglaterra (Junho 1872), a Grande Loja de Memphis Misraïm nomeia Garibaldi membro honorário e imediatamente são estabelecidas as relações com o Conselho Supremo da Sicília do Rito Escocês e com o Grande Oriente do Egito.

Em 26 de Outubro de 1876, o Grande Oriente do Egito (Rito de Memphis) dá ao Ilustre Irmão Garibaldi o título de Grande Mestre "vitae".
Foi sob o seu Grão-Mestrado, em 1881, depois de muita discussão, que os Ritos de Memphis e Misraïm, foram fundidos.

A fusão foi formalizada em Nápoles, em 1899, e tomou o nome de "Antigo Rito Oriental e Primitivo Memphis-Misraïm."

Garibaldi foi muitas vezes referido como "verdadeiro cidadão do Mundo" e definido como "Cavaleiro da Humanidade".

Foi um grande sonho: Ele preconizou unidade entre os homens e estava convencido da necessidade de combater "para a Humanidade e para liberdade em geral."

Adversário irredutível da Igreja Romana, chamou a separação entre a Igreja e o Estado. Queria introduzir o ensino obrigatório, gratuito e laico removendo congregações religiosas, mas recusou o ateísmo, a indiferença e o "materialismo miserável".

Victor Hugo escreveu-lhe: "Garibaldi, qual Garibaldi? Ele é um homem, nada mais. Mas um homem na plena acepção da palavra sublime. Um homem de liberdade, um homem da humanidade ".

Nota de novo, para a história do Rito, em 1925, como resultado da situação política e da atitude do governo fascista, o Rito "vai descansar" na Itália.

Durante a guerra 40-45, o Serenissimo Grão-Mestre Robert Ambelain honra, por continuar a trabalhar clandestinamente em sua casa loja "Alexandria do Egito" durante toda a guerra.

Tal como as outras Obediências, a Ordem de Memphis-Misraïm também teve de pagar o seu tributo. Assim, em particular, em 26 de março de 1944, Constant Chevillon, Grão-Mestre de França, foi assassinado com uma metralhadora pela milícia Vichy.

Em 20 de Abril de 1945, Frei Jorge Delaive, Grão-Mestre da Bélgica, morre decapitado com um machado, no pátio da prisão Brunswick.

Outros Maçons também morreram nos campos, vítimas dos seus ideais maçônicos e do seu patriotismo. Graças a estes Ilustres Maçons e ao atual Grão Mestre, o Rito de Memphis-Misraïm continua a sua tradição de lealdade para com os princípios de fraternidade e de iniciação científica.

Atualmente, o Rito está presente em várias Países, incluindo França, Bélgica, Inglaterra, Suíça, Itália, Espanha, Portugal, Canadá e E.U.A., as Caraíbas, Brasil, Argentina e Chile, para além de vários países de África, do Oceano Índico e da Austrália.



O RITO DE MISRAIM


A primeira menção ao Rito foi feita em Veneza em 1788. Ele se difundiu rapidamente em Milão, Gênova e Nápoles e apareceu na França com Michel Bedarride, que recebeu o Grão-Mestrado em 1810, em Nápoles, do Irmão De Lasalle.

De 1810 a 1813 os três Irmãos Bedarride desenvolveram o Rito na França, de certa forma sob a proteção do Rito Escocês.

Ilustres Maçons pertenceram a ele, como o Conde Muraire, Soberano Grande Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito, o Duque Decazes, o Duque de Saxe-Weimar, o Duque de Leicester e o Tenente Coronel de Teste, entre outros.

O RITO DE MEMPHIS


A maioria dos membros que acompanharam Bonaparte na Missão do Egito eram Maçons pertencentes a antigos Ritos iniciáticos: Philalètes, Irmãos Africanos, Rito Primitivo e Grande Oriente de França.

No Cairo eles descobriram uma sobrevivência gnóstico-hermética e no Líbano entraram em contato com a Maçonaria drusa, a mesma encontrada por Gérard de Nerval, remontando assim à Maçonaria "operativa" que acompanhava os seus protetores, os Templários.

Conseqüentemente, os Irmãos da Missão do Egito decidiram renunciar à filiação maçônica vinda da Grande Loja da Inglaterra. E assim nascia em 1815 o Rito de Memphis , em Montauban, sob a direção de Samuel Honis e Marconis de Negre, com numerosas Lojas no exterior e personalidades ilustres em suas fileiras, como Louis Blanc e Giuseppe Garibaldi, ele que em breve se tornaria o unificador de Memphis e de Misraim.

RITO DE MEMPHIS-MISRAIM



Até 1881 os Ritos de Memphis e Misraim seguiam rotas paralelas e concordes, no mesmo clima particular. Os Ritos começaram então a agrupar Maçons interessados no estudo do simbolismo esotérico da Maçonaria, gnose, cabala e até mesmo no hermetismo e no ocultismo.
O Rito de Memphis-Misraim perpetua sua Tradição na fidelidade aos princípios de liberdade democrática e das ciências iniciáticas.


O NOME DO RITO


Rito: é o conjunto de regras e cerimônias praticadas em nossa Tradição. O Rito é um caminho iniciático em si mesmo.

Antigo: Originalmente em nosso Rito encontramos o Rito de Misraim (Veneza, Itália-1788) e o Rito de Memphis (Montauban, França-1815). Foi o Grão-Mestre Giuseppe Garibaldi quem preparou e viabilizou a fusão dos dois Ritos em l88l.

Primitivo: O atual Rito de Memphis-Misraim tem uma primeira filiação que vem do Rito Primitivo, de Paris, em 1721, e do Rito Primitivo dos Philadelphos, Narbonne, em 1779.

Memphis: Cidade do antigo Egito, situada no delta do Nilo. Ali foi criado o Rito por iniciados que estavam em contato com essa antiga civilização.

Misraim: Essa palavra é a forma plural de "egípcio". O Rito aparece em Veneza, num grupo de socinianos. A patente constitucional foi dada por Cagliostro.

Soberano Santuário: Termo específico do Rito de Memphis-Misraim. É a Direção do Rito como um todo, seguindo antigas Tradições.

O criador da Maçonaria Egípcia e do Rito Egípcio foi o Conde Alexandre de Cagliostro (1749-1796), nascido em Túnis. Ele não deve ser identificado com o mistificador Giuseppe Balsamo (1743-1795), o palermitano recrutado pelos Jesuítas para personificar e lançar a infâmia sobre o verdadeiro Conde de Cagliostro.

Alexandre de Cagliostro foi iniciado nos segredos da Maçonaria Egípcia pelo misterioso Mestre Altothas em 1776, ano da fundação da Ordem Illuminati. E poucos sabem que o ápice da Ordem Illuminati foi constituído por seis afiliados: quatro conhecidos (Weishaupt, von Knigge, Goethe, Herder) e dois secretos (Franklin e Cagliostro).

De fato existiu uma conexão secreta entre a Ordem Illuminati de Weishaupt e a Maçonaria Egípcia de Cagliostro que foi fundada oficialmente em 1785, ano da supressão da Ordem Illuminati.


Além disso, Napoleão Bonaparte foi iniciado por Cagliostro na Maçonaria Egípcia e os Ritos Maçônicos de Memphis, de Misraïm e de Memphis-Misraïm sao descendentes dessa Maçonaria Egípcia.

Entre 1810 e 1813, em Nápoles (Itália), os três irmãos Bédarride (Michel, Marc e Joseph) receberam os Poderes Supremos da Ordem de Misraïm e desenvolveram o Rito de Misraïm na França.

Eles conferiram o caráter oficial do Rito em Paris, em 1814.

O Rito era composto por 90 graus, tomados do Escocismo Maçônico, o Martinismo e outras correntes maçônicas, e os últimos quatro graus receberam o nome de "Arcana Arcanorum".

Em 1815, em Montauban (França), a Loja-Mãe do Rito de Memphis foi constituída com Samuel Honis eleito como Grão Mestre, sendo sucedido, em 1816, por Gabriel-Mathieu Marconis.

Em 1838, Jean Etienne Marconis de Nègre, filho deste último, assumiu o Rito de Memphis.

O Rito, para J. E. Marconis de Nègre, era uma continuação dos antigos mistérios praticados na Antiguidade, na Índia e no Egito.
As Constituições do Rito declaravam:

"o rito maçônico de Memphis é a continuação dos Mistérios da Antiguidade. O Rito ensinou aos primeiros homens a prestar homenagem à divindade... ". O Rito de Memphis chegou aos graus 92 e 95.

Em 1881, o general italiano Giuseppe Garibaldi, reuniu os Ritos de Memphis e Misraïm e se tornou o Grande Hierofante de ambos.

Após a morte de Garibaldi, em 1882, os Ritos entraram em um período "obscuro" até que, em 1890, várias lojas de ambos os Ritos foram reunidas e surgiu o Rito de Memphis-Misraïm.
Em 1900, para a liderança do Memphis-Misraïm foi indicado o italiano Ferdinando Francesco degli Oddi que foi substituído, em 1902, pelo inglês John Yarker.

O Rito chegou aos 97 graus.

Em 1902, o alemão Theodor Reuss estabeleceu o Santuário Soberano de Memphis-Misraïm na Alemanha e em 1913, após a morte de Yarker, ele se tornou o Chefe Internacional do Rito.

Em 1924, T. Reuss passou ao Oriente eterno e a sucessão foi interrompida, menos na O.T.O. (Ordo Templi Orientis), ordem de neotemplários fundada por Reuss, em 1905, na Alemanha.

Na verdade, a O.T.O. englobou o Rito de Memphis-Misraïm, embora numa versão reduzida onde seus graus principais estavam incorporados.

Em 1909, Theodor Reuss concedeu uma patente ao famoso martinista Gerard Encausse (Papus).

Os sucessores de Papus foram Charles Detré (Tedé), Jean Bricaud, Constant Chevillon, Charles-Henry Dupont e Robert Ambelain.

Em 1939, Jean Bricaud passou ao Oriente eterno e foi sucedido por Chevillon.

Em 1944, Chevillon foi assassinado por colaboradores franceses do nacional-socialismo e foi sucedido por Dupont.

E, em 1960, Ambelain sucedeu a Dupont.

Em 14 de novembro de 1973, o italiano Francesco Brunelli (1927-1982) foi nomeado por Robert Ambelain responsável pelo Rito para a Itália.


Em 22 de novembro de 1973, Francesco Brunelli (Nebo) - o Grão Mestre da Antiga e Tradicional Ordem Martinista e do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm - foi recebido com todas as honras na Grande Oriente da Itália, no Palazzo Giustiniani.

Mas a atividade do Rito na Itália e na Grande Oriente da Itália foi lendária nos anos setenta.

Em 1981, Francesco Brunelli contatou o conhecido iniciado italiano Frank G. Ripel para reestruturar o Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm, que está atualmente estruturado com 99º graus.

Frank G. Ripel estava na direção da Ordem Oriental Egípcia do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm entre 1981 e 1999, quando ele a tornou "adormecida".

No final de março de 2003, Frank G. Ripel, sendo o Grão Mestre do O.C.I. (Ordem dos Cavaleiros Iluminados) teve um contato com o espanhol Gabriel López de Rojas, fundador e Grão Mestre da Ordem Illuminati, O.H.O. da Societas O.T.O. (Ordo Templi Orientalis), grau 33º do Rito Escocês Antigo e Aceito, grau máximo de alguns Ritos egípcios.

Quando Gabriel López de Rojas percebeu que a Ordem Oriental Egípcia do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm de Frank G. Ripel estava "adormecida", propôs a Ripel de "despertá-la" e o mesmo aceitou, fazendo-a reviver, em 1º de maio de 2003, com o nome de Maçonaria Egípcia do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm.

O RITO E SEUS PRINCÍPIOS


A Franco-Maçonaria do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim, instituição humanitária, filosófica, iniciática e espiritual, tem por base essencial a crença em um Poder Supremo expresso e invocado sob o nome de GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO ou SUBLIME ARQUITETO DOS MUNDOS.

Ela não impõe limite à livre pesquisa da VERDADE e é para garantir essa liberdade que ela exige de todos a tolerância.


A Franco-Maçonaria recomenda aos seus membros o respeito às leis dos países em que habitam e considera a obrigação do trabalho como uma lei imperiosa.


A Franco-Maçonaria é uma associação de seres humanos independentes, livres e de bons costumes, que estão sujeitos apenas à sua própria consciência e que se comprometem a pôr em prática um ideal de paz, de amor e de fraternidade.

A Franco-Maçonaria tem por objetivo o aperfeiçoamento moral da humanidade e propaga uma verdadeira filantropia, pelo emprego de fórmulas simbólicas e esotéricas, que só podem ser reveladas e explicadas pela iniciação


INICIAÇÃO.

Seu objetivo é a aplicação da ARTE REAL, formando iniciados, isentos de quaisquer influências, livres, mestres soberanos de si mesmos, que pensem com independência, sem sofrer a tirânia dos preconceitos reinantes, tendo sacudido o jugo das paixões, e conscientes de suas responsabilidades.

A Franco-Maçonaria, avessa a quaisquer influências sectárias, impõe aos seus membros o respeito aos outros, sejam quais forem as suas opiniões, a fim de constituir um centro permanente de união fraternal onde reine plena harmonia de pensamentos.

O Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim admite mulheres em absoluta igualdade aos homens, praticando o Rito em Lojas Masculinas, Lojas Femininas e Lojas Mistas.

O Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraïm é atualmente o Rito Maçónico mais Esotérico e “secreto”.
Entre os vários Ritos maçônicos, este Rito ocupa uma posição particular desde a sua origem.
Tem o seu lugar entre os ritos egipcios que “beberam” na fonte das antigas tradições iniciáticas da bada do mediterráneo: pitagóricos, autores herméticos alexandrinos, neoplatónicos, sabeístas, ismaelitas…

Foi necessário aguardar o século XVIII para encontrar os seus tragos na Europa.

Foram numerosos esses Ritos e Rituais, porem só dois dentre eles chegaram até nós: o Rito de Misraïm e mais tarde o Rito de Memphis.

O Rito de Misraim foi fundado em Veneza em 1788.

A sua filiação veio através de Cagliostro, que o dirigiu com os Graus Menores da Grande Loja da Inglaterra e os Altos Graus da Maçonaria Templária Alemã... O Rito difundiu-se rapidamente em Milão, Génova, Nápoles e apareceu em França com Michel Bedarride, que recebeu o Grão-Mestrado em 1810, em Nápoles.

De 1810 a 1813 os três Irmãos Bedarride desenvolveram o Rito de Misraïm na França, de certa forma sob a proteção do Rito Escocês.

Ilustres Maçons pertenceram a ele, como o Conde Muraire, Soberano Grande Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito, o Duque Decazes, o Duque de Saxe-Weimar, o Duque de Leicester e o Tenente Coronel de Teste, entre outros.

O Rito de Memphis foi constituído em Montauban em 1815, por Franco-Maçons que em 1799 haviam participado com Napoleão Bonaparte na Missão do Egito.

A esses dois Ritos foram adicionados os Graus Iniciáticos que vieram de Obediências Esotéricas do século XVIII: do Rito Primitivo e do Rito dos Philadelphos, entre outros.
A maioria dos membros que acompanharam Bonaparte na Missão do Egito eram Maçons pertencentes a antigos Ritos iniciáticos: Philalètes, Irmãos Africanos, Rito Primitivo e Grande Oriente de França.

No Cairo descobriram uma sobrevivência gnóstico-hermética e no Líbano entraram em contato com a Maçonaria drusa, a mesma encontrada por Gérard de Nerval, remontando assim à Maçonaria "operativa" que acompanhava os seus protectores, os Templários.

Consequentemente, os Irmãos da Missão do Egito decidiram renunciar à filiação Maçónica vinda da Grande Loja da Inglaterra.
E assim nascia em 1815 o Rito de Memphis , em Montauban, sob a direção de Samuel Honis e Marconis de Negre, com numerosas Lojas no exterior e personalidades ilustres em suas fileiras, como Louis Blanc e Giuseppe Garibaldi, ele que em breve se tornaria o unificador de Memphis e de Misraïm.
Até 1881 os Ritos de Memphis e Misraïm seguiam rotas paralelas e concordes, no mesmo clima particular. Os Ritos começaram então a agrupar Maçons interessados no estudo do simbolismo esotérico da Maçonaria, Gnose, Cabala e até mesmo no Hermetismo e no Ocultismo.
Essa Obediência Maçônica, que celebrou o bicentenário em 1988, surgiu quando os dois Ritos, de Memphis e de Misraïm, foram reunidos em 1881, por Giuseppe Garibaldi, que se tornou o seu primeiro Grão-Mestre.
O Rito de Memphis Misraïm perpetua sua Tradição na fidelidade aos princípios de liberdade democrática e das ciências iniciáticas.

O Memphis Misraïm dirige seus ensinamentos com de 99 graus, divididos em 3 séries, tornando-se desta forma o Rito Maçônico com mais graus dentro da Maçonaria Universal atual.


Estrutura do

Rito Antigo e Primitivo de Memphis e Misraim


Soberano Santuário: especificado pelo Rito de Memphis-Misraim, o governo do rito, da Ordem e da Obediência.

A escala da Maçonaria Egípcia em 99 º graus (três vezes 33 º).
A estrutura ritual de Nosso Venerável Rito, desenvolve, em 4 seções:


1. Seção simbólica;
2. Cabalística Seção Filosófica;
3. Seção gnóstico-hermético;
4. Seção hermética.



. Cada seção tem sua característica e função específica própria, é composto por sua vez, por um ou mais organismos Ritualistico que são, em parte, praticado ritualmente e, em parte, estudados e conferidos pela comunicação.


Prática Rito segue:


Grau 1 º a 3 º, a livre escolha de ritual ou o ritual de Memphis Mizraim.
Grau 4 º a 33 º, adaptado a partir do Antigo e Aceito Rito Escocês.
Grau 34 º para 66 º, o Rito Oriental de Memphis Mizraim.
Grau para 67 º, 86 º do Rito de Memphis Mizraim.
Grau 87 º para 90 º, Nápoles Regime Rito de Mizraim (Arcana Arcanorum).
Grau 91 º para 99 º, graus de Administração.


Seção Simbólica

Esta seção é composta de organismos denominados Lojas Ritualisticas.
objetivo desta seção é o estudo e a prática dos três primeiros graus da Maçonaria Universal.

1º. Aprendiz
2º. Companheiro
3º. Mestre


-Cabalística Seção Filosófica

Esta seção é composta por 30 Rituais de Camâras expressos, dos quais 9 são ritualmente praticado, enquanto os outros não são e os graus correspondentes a eles são conferidos pela comunicação (a espada).

As 9 Câmaras praticadas são:


4°. Colégio de Professores Discreto
7°. Capitulo Mestre Sublime, Grande Eleito, Cavaleiro da Abóboda da Perfeição
8°. Capítulo Cavaleiros da Espada
9°. Cavaleiro Eleito dos Nove, Sublime Minervale
11°. Principe dos Cavaleiros da Águia e Pelicano, Rose-Croix
16°. Principe dos Cavaleiros do Sol, os Sábios da Verdade, Príncipe Adepto
21°. Comandantes do Senado Supremo das Estrelas
30°. Senado dos Cavaleiros da Águia Branca e Negra, Cavaleiros Kadosch
33°. Supremo Conselho de Soberanos Grandes Inspetores


Seção Gnóstico - Hermético

Esta seção é composta de 38 Ritual d eCâmaras, que a Grande Consistório da Grã Consacrator Patriarcas.
O ensino na presente seção encontra o seu estudo e sua pesquisa na gnose clássica e suas derivações.
Apenas 66 grau é praticado.

66 °.Grande Patriarca Consacrator


Seção Hermética

Esta seção é composta de 24 Organismos de Ritual
A seção hermética representa a conclusão do caminho iniciático que os irmãos Mestres Maçons têm feito nas viagens tradicionais, através deste repositório imemorial e misterioso, que é o Rito Antigo e Primitivo de Memphis e Misraim.

A seguir, são ritualmente praticado:


90°. Advogado de Soberanos Grandes Princípios, Patriarcas Sublime, Mestres da Grande Obra (Arcana Arcanorum).


Grades de Administração


91°. Grande Tribunal de Soberanos Princípios, Grandes Defensores da Ordem e do rito.
92. Soberano Príncipe dos Magos do Santuário de Memphis, ou Intérprete Sublime da Ciência e hieróglifos (1856), ou Defensor Grande Oficial da Ordem (1862).
93°. Grande Regulador Inspetor do Rito (1856), ou Regulador Geral Grande Oficial da Ordem (1862).
94°.. Grande Místico Templo dos Patriarcas Sublime de Memphis, Príncipe Soberano de Memphis (1856), ou Soberano Príncipe da Maçonaria ou de Memphis (1862).

95º. Vice Grande Hierofante Nacional, (membros de vários santuários nacionais soberanos)
Soberano Santuário dos Patriarcas Sublime, o Patriarca Sublime Grande Conservador do Rito, Conservador Grande Oficial da Ordem, Grande Patriarca Conservador Soberano do Rito (1856), ou Sublime Príncipe dos Magos (1862).

96º. Grão-Mestre Nacional; Membro do Soberano Santuário Internacional.
Grande Soberano Poderoso da Ordem, Magus Sublime (1856), ou Soberano Pontífice de Magos do Santuário de Memphis (1862).

Soberano Santuário Internacional


96º. Grande Hierofante Nacional, Grão- Mestre Nacional
97º. Deputado Grão-Mestre Internacional.

Superiores Incógnitos


98º. Grande Hierofante Universal; Grande Mestre International; Superior Incógnito ( S.’.I.’. ) . (OCI - Ordine dei Cavalieri Illuminati, Ordem dos Cavaleiros Iluminados).

99º. Grande Hierofante International (Hierofante Grand Invisible).

Outros graus, tais como o Real Arco, não são obrigatórios e são deixados à escolha dos Irmãos. A consagração como cavaleiro é transmitida a alguns Irmãos com o Grau 20 (Cavaleiro Templário ou Cavaleiro do Templo), derivados diretamente da Antiga e Estrita Observância Templária e dos Cavaleiros Beneficentes da Cidade Sagrada de Jean-Baptiste Willermoz.
As lojas do Rito do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm trabalham no Rito Egípcio. Sobre os seus altares, eles acrescentam, ao compasso e esquadro, a régua.
Os Ritos Orientais de Memphis e Misraim representavam na Europa a Maçonaria Ocultista e Hermética.

Em tais ritos procurava-se admitir aqueles Irmãos que tinham interesse em se aprofundar no estudo da doutrina Maçônica. Através de seus rituais, graus, símbolos, inserem-se uma série de Tradições Iniciáticas Antigas que não deixam de interessar aos SS. II. e FF. RR. CC.. A própria denominação destes Ritos: Memphis e Mizraim, perpetua dois importantes Centros da Iniciação e do Sacerdócio Egípcio na mente de todos os iniciados do Ocidente.

A este Rito pertenceu na Europa o Irmão Ragon, que esteve em contato com o Imperator R+C ou Chefe dos Rosa-Cruzes e, inclusive, foi seu aluno o Conde de Saint-Germain.
Por outro lado, na Itália este Rito teve uma grande importância nos acontecimentos históricos que deram nascimento à nação Italiana. Devemos recordar que Garibaldi pertenceu a esta Ordem. No nosso vizinho país, a Argentina, o Rito de Memphis teve um período de grande esplendor não faz muito tempo, chegando a contar com cerca de setenta Lojas.

O Rito de Memphis é de origem oriental. Foi renovado em 1820 pelo Irmão Boulage, professor da Faculdade de Direito de Paris, sujeitando-se ao plano dos Grandes e dos Pequenos Mistérios do Egito e da Grécia Antiga. O Rito de Misraim, também denominado Egípcio e, as vezes, judaico, foi fundado em Paris, em 1805, pelo Irmão Lechangeur.

Conforme o traçado arquitetônico destes Ritos da Maçonaria Oriental, a origem da Ordem se remonta às primeiras idades do mundo, supondo-se que um nasceu na Índia o outro no Egito, nas margens do Nilo, sendo uma continuação dos antigos Mistérios. Consideram-se fundadores diretos do Rito os Cavaleiros da Palestina e os Irmãos Rosa-Cruzes do Oriente.

Os diversos graus do Rito de Memphis e Misraim foram tomados do Escocismo, do Martinismo ( por este motivo conserva a influencia de Pasqually e de Saint Martin) , da Maçonaria Hermética e de vários outros sistemas e reformas que praticaram-se com êxito na Alemanha, França e Itália, em épocas anteriores a 1730. Um documento muito interessante sobre a Maçonaria Oriental e Espiritualista é a "Muito Santa Trinosofia" escrita pelo Conde de Saint-Germain.

O Rito conta com um total de 96 graus divididos em três séries: simbólica, filosófica e mística. Por outro lado, o Rito Misraim conta com 90 graus classificados em quatro séries e divididas em 17 categorias, a saber:

1º - Série - Simbólica: compreende os 33 primeiros graus divididos em seis classes, que ensinam a moral e o estudo do homem.

2º - Série - Filosófica: compreende 33 graus a partir do 34º ao 66º, divididos em 4 classes. Ensina as ciências naturais, a filosofia da história e explicação os mitos poéticos da Antigüidade que, sob a alegoria da fábula, encerram a origem dos Mistérios.

3º - Série - Mística: compreende 11 graus, do 67º ao 77º, divididos em 4 classes, desenvolve a parte transcendental da Filosofia Maçônica.

4º - Série - Cabalística: Inclui os 13 últimos graus, do 78º ao 90º, divididos em 3 classes e contém as chaves do ensinamento e doutrinas do Rito, chaves que são de índole Cabalista, conforme as Tradições Rosa-Cruzes do Oriente.

A organização e estabelecimento destes Ritos exige por parte dos Dignitários um perfeito conhecimento das Tradições Iniciáticas do Oriente e do Ocidente, além de outras condições muito especiais que não se podem improvisar. A menos que estes requisitos sejam cumpridos, torna-se muito difícil subsistirem tais ritos.


Em seguida transcreveremos algumas denominações de seus graus, nos quais os SS. II. e os FF. RR. CC. notarão como os Ritos Orientais Memphis e Miszraim conseguiram perpetuar um conjunto de símbolos muito sagrados da Iniciação Antiga e Medieval. Ainda que em alguns aspectos esta terminologia possa nos parecer pomposa e bizarra, devemos compreender que não era considerada desta maneira no século XVIII, a cujo espírito e compreensão obedece.


Cavaleiros: da Abóbada Sagrada, da Espanha e do Oriente, de Jerusalém, da Águia Vermelha e Negra, do Oriente e do Ocidente, Rosa-Cruz, Noaquita ou da Torre, da Serpente de Bronze, da Cidade Santa da Alegria, do Tabernáculo.


Filalete: Doutor dos Planisférios, Sábio Sivaísta, príncipe do Zodíaco, Sublime Filósofo Hermético, Cavaleiro das Sete Estrelas, das Sete Cores ou do Arco-Iris, Rei Pastor dos Hurtz, Príncipe da Colina Sagrada, Sábio das Pirâmides.

Filho da Lira: Cavaleiro da Fênix, da Esfinge, do Pelicano, Sábio do Labirinto, Pontífice de Cadméa, Mago Sublime, Príncipe Brahman, Cavaleiro do Templo da Verdade, Sábio de Heliópolis, Pontífice de Mithra, Guardião do Santuário, Sublime Kavi, Sapientíssimo Muni.

Sublime Príncipe da Cortina Sagrada: Intérprete dos hieróglifos, Doutor Órfico, Guardião dos Três Fogos, Guardião do Nome Incomunicável, Doutor do Fogo Sagrado, Doutor dos Vedas Sagrados, Cavaleiro do Tesouro de Ouro, Sublime Cavaleiro do Triângulo Luminoso, Sublime Cavaleiro do Temível Sadah, Sublime Cavaleiro Teósofo, Sublime Mestre do Anel Luminoso, Sublime Mestre da Grande Obra, Soberano Príncipe de Memphis, etc..

Alguns dos Sinais Hieroglíficos e Cabalísticos:

Paralelograma com 7 pontos - arco-iris - o ponto no centro de um quadrado - duas linhas cruzadas dentro de um quadrado - duas linhas cruzadas dentro de um quadrado com um ponto no centro - um círculo com um quadrado dentro e um ponto no centro destes - dois círculos concêntricos dentro de um quadrado - quadrado - quadrado - quadrado com três pontos, no centro, formado um triângulo - duplo círculo encerando a estrela de quatro pontas - edifício quadrado e de pedra sobre o qual repousam as bases de quatro triângulos em cujo centro figura um olho, ou uma gama, uma estrela, esferas, crescentes, flechas, claves, orlas dentadas, serpentes, águias negras ou vermelhas, varetas floridas e de ouro, as Tábuas da Lei, a Arca da Aliança - o Tabernáculo, altares de sacrifício e dos perfumes, palmas e lauréis, candelabros de 3, 7 ou 9 velas, o Livro dos Sete Selos, salamandras, castelo com ameias, abóbadas estreladas, subterrâneos luminosos, Sol de Ouro, Lua, Estrela Polar, uma medalha de ouro cunhada em 2995 AC, o Zenite e o Nadir, cabeças de mortos e ossaturas... uma tumba, etc..

Os diferentes graus contém invocações a Jehovah, Adonai, Iod, Alá, Emmanuel, Salomão, Hiram, Zorobabel, Abraão, Daniel, Jonas, Zabulão, com elementos das lendas Hebraícas, Caldéias e Islâmicas.

De seus rituais convém lembrar o termo "Autópsia", tomado dos Mistérios Antigos. Nenhum outro poderia simbolizar melhor a conclusão da Obra Iniciática. Da mesma maneira que o médico busca nos órgãos a causa da morte de um sujeito para tentar preservar os outros seres humanos, assim também o Iniciado deve buscar nele as causas do Mal para combatê-lo e fazer triunfar o Bem.

Transcrevemos a continuação, tomados de seus diferentes graus, algumas máximas morais e filosóficas enunciadas em seu simbolismo e que merecem o interesse dos Iniciados:

Demi-our-gros, reunião das palavras gregas: Demo (eu construo), ouranos (o céu), gros (a terra), simbolizando o "Grande Arquiteto do Universo", porém na interpretação Maçônica que é diferente da interpretação Martinista que reconhece ser Yeschouá ( Jesus Cristo) o GADU.

"Pensa que, para chegar à esfera da inteligência, é preciso sondar, sem medo, os mistérios da morte física."

"Despoja-te do homem velho para renascer na virtude. Lança um olhar para teu passado. Busca motivos de esperança no porvir."

"A morte não pode separar o que está unido pela virtude. Proceda assim como queres que procedam contigo."

"Se a bebida que te oferecem é amarga em lugar de ser agradável, ao menos, bebe-a com resignação, porém afasta-a dos demais, já que a bebida amarga é o símbolo da adversidade."

"Tu que desejas passar rapidamente pelos graus de instrução, recorda que antigamente não era admitido ninguém a Maestria senão depois de transcorridos sete anos dedicados ao estudo das ciências úteis ao gênero humano e haver compreendido os segredos da Natureza. Estuda suas forças e busca suas causas segundas."

"Busca as causas e as origens, compreende o mito poético dos antigos, desenvolve teu sentido humanitário e compreensivo."

"O Conhecimento completa, ao Iniciado, sua ascensão para além do plano em que moram seus semelhantes."


"O mundo é uma eterna figueira, cujas raízes estão no céu e que estende seus ramos sobre o abismo. Recorda este princípio dos Vedas."

"Tudo segue de 7 em 7, em todos os sistemas e em todas as seitas: 7 esferas celestes dos antigos, os 7 dias da semana, as 7 cores e os 7 sons fundamentais, etc.."

"O gênero humano é Um, apesar da diversidade de línguas."

"Todas as religiões assemelham-se com suas lendas: Rama, o Indiano; o Egípcio Osiris; Adônis; Hércules e Baconos Gregos; o Atys dos Frígios e o Cristo não são mais que uma só e mesma alegoria."

"Não te ocupes senão de trabalhos úteis, iluminando-os com a tocha da tua razão e trabalha na elevação e enobrecimento do espírito humano."

"O mais útil dos conhecimentos é o de si mesmo, pelo qual aprenderás a desenvolver tua natureza, tomando consciência de tua dignidade."

"Para que uma civilização material não se degenere, é necessário que seja limitada por uma civilização moral."

"A escala misteriosa das existências deve ser subida progressivamente pelos que se acham dignos de chegar perfeitos ao triângulo. Não é senão pelo estudo e a perseverança que se pode chegar até lá."

"O Espírito sobrevive à matéria, animada por sua força e que vai se aperfeiçoando mediante os corpos que vai animando sucessivamente."

"As partículas da Matéria, animadas por esta força, aglomeram-se para constituir, reconstituir e aperfeiçoar as espécies."

"A morte é um sono seguido de renascimentos."

"Recorda as máximas e conselhos do programa iniciático."

"A iniciação não é nem uma ciência nem uma religião, mas uma escola em que se é instruído nas Artes, Ciências, Moral, Filosofia e nos fenômenos da Criação, com o propósito de conhecer a verdade sobre todas as coisas."

"Não é a iniciação que faz o iniciado, mas a educação e a meditação."

"Faz sair a luz das Trevas, a Beleza da Incoerência."

"Mais vale esclarecer os inimigos da virtude do que combatê-los."

"Regula as ações de acordo com a Razão e não conforme as paixões."

"Os atos dos homens não são senão a sucessão do que viram e aprenderam, da mesma maneira que a forma da pedra bruta depende dos golpes que o artista vai lhe dando com seu martelo e cinzel."

"O homem é mais ou menos vicioso, ou mais ou menos esclarecido, segundo as verdades ou os erros que se lhes inculquem."

"Estuda a arte de dirigir os homens para concentrar o domínio da Verdade, modular a propagação, deter a perigosa e demasiada dispersão."

"A inteligência é a causa e não o efeito da evolução."

"A cadeia das causas e dos efeitos constitui o Mundo."

"A pluralidade, concentrada na Unidade, governa tudo."

"Saber, calar, querer, ousar. Sabedoria, Força, Beleza na harmonia."

"Tudo vem do Fogo, condensador e animador universal, sem o qual o Grande Todo voltaria a cair na noite do caos primitivo."

Em um interessante folheto publicado por J. Bricaud, em Lyon, em 1933 e reeditado por Chevillon em 1938, intitulado "Notas históricas sobre o Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim", consta que, "em 1908, constituiu-se em Paris um Soberano Grande Conselho Geral do Rito de Memphis e Misraim para a França e suas dependências. A Patente Constitutiva foi outorgada pelo Soberano Santuário da Alemanha e estava assinada e selada em 24 de junho, em Berlim, pelo Grão-Mestre Théodor Reuss Peregrinos."

"Foram designados Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto", escreve Bricaud, "o Dr. Gérard Encausse (Papus) e Charles Détré (Téder). A Loja "Humanidade", anteriormente auspiciada pelo Rito Nacional Espanhol, chegou a ser a Loja-Mãe do Rito de Memphis e Misraim para a França." , vemos portanto mais uma ligação do Rito com o Martinismo, desta vez com dois de seus mais importantes protagonistas.

Em sua obra "O que deve saber um Mestre Maçon", Papus que havia obtido os graus 33, 90 e 96 diz:

"Se a Franco-Maçonaria é uma simples sociedade de ação social, por que existem então estes mistérios, esta linguagem tão peculiar e toda essa decoração?. Se isso não serve de nada, francamente, poderia ser suprimido. Porém, se sob esses símbolos oculta-se uma elevada verdade, cujo conhecimento pode conduzir a adaptações sociais libertadoras da Humanidade, então estudemos esta ciência maçônica com todo o devido respeito."

"Não é na França, onde quase todas as tradições, lamentavelmente, se perderam, mais no estrangeiro, na Inglaterra, na Espanha e, sobretudo, na Alemanha, que prorroguei minhas investigações sobre esse ponto."

"Em minhas conversações com o meu Ilustre Irmão John Yarker, chefe Supremo do Rito Primitivo e Original; com o Dr. W. Wescott, da Sociedade Rosacruciana da Inglaterra; com Villarino del Villar, ilustre Maçon Espanhol e com os Rosa-Cruzes e Alquimistas da Alemanha é que consegui estudar de uma maneira séria, fora dos livros, a origem da Ciência Maçônica."

Em nosso país, há informações seguras da atividade do Rito de Memphis e Misraim atraiu a censura da Grande Loja do Chile, que sentiu-se menosprezada em sua exclusividade para auspiciar Lojas Maçônicas no território da República, conforme o direito de território que possuem as Grandes Lojas.

Como conseqüência disto os Ilustres Irmãos que, na realidade, sustentavam as Colunas de Memphis e Misraim com seu talento e capacidade, retiraram-se, deixando o dito Rito abandonado à sua sorte, porque a Ordem de Memphis e Misraim deixou de existir no Chile, em seu aspecto espiritual e iniciático. Atualmente, continuam trabalhando com esse Rito, algumas Lojas de Santiago e Valparaiso, ainda que sem maiores irradiações espirituais e cada dia com maior flacidez.

" Convém esclarecer no final deste artigo que O Martinismo e a Maçonaria são organizações distintas e autônomas. Nada impede, entretanto, que os Martinistas se tornem Maçons ou que Maçons se tornem Martinistas".



O criador da Maçonaria Egípcia e do Rito Egípcio foi o Conde Alexandre de Cagliostro (1749-1796), nascido em Túnis. Ele não deve ser identificado com o mistificador Giuseppe Balsamo (1743-1795), o palermitano recrutado pelos Jesuítas para personificar e lançar a infâmia sobre o verdadeiro Conde de Cagliostro.
Alexandre de Cagliostro foi iniciado nos segredos da Maçonaria Egípcia pelo misterioso Mestre Altothas em 1776, ano da fundação da Ordem Illuminati. E poucos sabem que o ápice da Ordem Illuminati foi constituído por seis afiliados: quatro conhecidos (Weishaupt, von Knigge, Goethe, Herder) e dois secretos (Franklin e Cagliostro).
De fato existiu uma conexão secreta entre a Ordem Illuminati de Weishaupt e a Maçonaria Egípcia de Cagliostro que foi fundada oficialmente em 1785, ano da supressão da Ordem Illuminati. Além disso, Napoleão Bonaparte foi iniciado por Cagliostro na Maçonaria Egípcia e os Ritos Maçônicos de Memphis, de Misraim e de Memphis-Misraim são descendentes dessa Maçonaria Egípcia.
Entre 1810 e 1813, em Nápoles (Itália), os três irmãos Bédarride (Michel, Marc e Joseph) receberam os Poderes Supremos da Ordem de Misraim e desenvolveram o Rito de Misraim na França. Eles conferiram o caráter oficial do Rito em Paris, em 1814. O Rito era composto por 90 graus, tomados do Escocismo Maçônico, o Martinismo e outras correntes maçônicas, e os últimos quatro graus receberam o nome de "Arcana Arcanorum".
Em 1815, em Montauban (França), a Loja-Mãe do Rito de Memphis foi constituída com Samuel Honis eleito como Grão Mestre, sendo sucedido, em 1816, por Gabriel-Mathieu Marconis. Em 1838, Jean Etienne Marconis de Nègre, filho deste último, assumiu o Rito de Memphis. O Rito, para J. E. Marconis de Nègre, era uma continuação dos antigos mistérios praticados na Antiguidade, na Índia e no Egito. As Constituições do Rito declaravam: "... o rito maçônico de Memphis é a continuação dos Mistérios da Antiguidade. O Rito ensinou aos primeiros homens a prestar homenagem à divindade... ". O Rito de Memphis chegou aos graus 92 e 95.
Em 1881, o general italiano Giuseppe Garibaldi, reuniu os Ritos de Memphis e Misraim e se tornou o Grande Hierofante de ambos. Após a morte de Garibaldi, em 1882, os Ritos entraram em um período "obscuro" até que, em 1890, várias lojas de ambos os Ritos foram reunidas e surgiu o Rito de Memphis-Misraim. Em 1900, para a liderança do Memphis-Misraim foi indicado o italiano Ferdinando Francesco degli Oddi que foi substituído, em 1902, pelo inglês John Yarker. O Rito chegou aos 97 graus.
Em 1902, o alemão Theodor Reuss estabeleceu o Santuário Soberano de Memphis-Misraim na Alemanha e em 1913, após a morte de Yarker, ele se tornou o Chefe Internacional do Rito. Em 1924, T. Reuss passou ao Oriente eterno e a sucessão foi interrompida, menos na O.T.O. (Ordo Templi Orientis), ordem de neotemplários fundada por Reuss, em 1905, na Alemanha. Na verdade, a O.T.O. englobou o Rito de Memphis-Misraim, embora numa versão reduzida onde seus graus principais estavam incorporados.
Em 1909, Theodor Reuss concedeu uma patente ao famoso martinista Gerard Encausse (Papus). Os sucessores de Papus foram Charles Detré (Tedé), Jean Bricaud, Constant Chevillon, Charles-Henry Dupont e Robert Ambelain. Em 1939, Jean Bricaud passou ao Oriente eterno e foi sucedido por Chevillon. Em 1944, Chevillon foi assassinado por colaboradores franceses do nacional-socialismo e foi sucedido por Dupont. E, em 1960, Ambelain sucedeu a Dupont.
Em 14 de novembro de 1973, o italiano Francesco Brunelli (1927-1982) foi nomeado por Robert Ambelain responsável pelo Rito para a Itália. Em 22 de novembro de 1973, Francesco Brunelli (Nebo) - o Grão Mestre da Antiga e Tradicional Ordem Martinista e do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim - foi recebido com todas as honras na Grande Oriente da Itália, no Palazzo Giustiniani. Mas a atividade do Rito na Itália e na Grande Oriente da Itália foi lendária nos anos setenta.
Em 1981, Francesco Brunelli contatou o conhecido iniciado italiano Frank G. Ripel para reestruturar o Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim e a situação do Rito era a seguinte: 99º ou Chefe Internacional da Ordem Oriental Egípcia do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim, 98º ou Superior Desconhecido (do grau VIIº ao XIIIº da Ordem da Rosa Mística), 97º ou Substituto do Chefe Internacional, 96º ou Chefe Nacional, 1º-95º (do Iº ao VIº da Ordem da Rosa Mistica). Na renovada Ordem Oriental Egípcia do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim da qual nós vamos falar brevemente, do 1º ao 95º, encontram-se as 6 Operações Alquímicas associadas aos graus 1°-3º, 4º-33º, 34º-42º, 43º-63º, 64º-74º e 75º-95º.
Frank G. Ripel estava na direção da Ordem Oriental Egípcia do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim entre 1981 e 1999, quando ele a tornou "adormecida".
No final de março de 2003, Frank G. Ripel, sendo o Grão Mestre do O.C.I. (Ordem dos Cavaleiros Iluminados) teve um contato com o espanhol Gabriel López de Rojas, fundador e Grão Mestre da Ordem Illuminati, O.H.O. da Societas O.T.O. (Ordo Templi Orientalis), grau 33º do Rito Escocês Antigo e Aceito, grau máximo de alguns Ritos egípcios. Quando Gabriel López de Rojas percebeu que a Ordem Oriental Egípcia do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim de Frank G. Ripel estava "adormecida", propôs a Ripel de "despertá-la" e o mesmo aceitou, fazendo-a reviver, em 1º de maio de 2003, com o nome de Maçonaria Egípcia do Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim.
A Maçonaria Egípcia do Rito Antigo e Primitivo de Memphis e Misraïm é estruturada da seguinte forma:

99º Grande Hierofante ou Chefe Internacional do M.E.A.P.R.M.M. e do O.C.I.:
Frank G. Ripel
99º Grande Hierofante ou Chefe Internacional do M.E.A.P.R.M.M. ad Honorem:
Licio Gelli
98º Substituto do Chefe Internacional do O.C.I.
Idioma italiano: Galbix Red
98º Chefe Nacional para a Italia do O.C.I.: Tixian Dark
98º Superiores Incognitos (O.C.I.)
97º Substituto do Chefe Internacional do M.E.A.P.R.M.M.
Idioma italiano: Galbix Red. S.I. (98º O.C.I.)
Miguel Angel Galeano: Representante Internacional para as ligações com as Nacional chefes de todo o Mundo
96º Chefe Nacional para a Italia: Adolfo Alessandro Maria Polignano
Chefe Nacional para a Bolívia: Ivan Herrera Hernández
Chefe Nacional para a Argentina: Eduardo Daniel Mestre
Chefe Nacional para o Uruguai : Alexis Valadán
Chefe Nacional para El Salvador: Carlos Mauricio López
Chefe Nacional para o Messico: Oscar Alejandro Quintero Cuellar
Chefe Nacional para Paraguai: Miguel Angel Galeano
Chefe Nacional para o Chile: José Luis Orellana Baeza
Chefe Nacional para Colômbia: Enrique Martínez Reyes
Chefe Nacional para Equador: Victor Izurieta
Chefe Nacional para Peru: Hector Navarro
Chefe Nacional para a Venezuela: Marcos José Represas Pérez
Chefe Nacional para o Ecuador: Victor Izurieta
Chefe Nacional para Honduras: Marcos Gonzalez
Chefe Nacional para o Caribe: William De Jesus
Chefe Nacional para o Brasil: Samuel Trindade
Chefe Nacional para a Espanha: Olivier Gabriel Garcias
Chefe Nacional para o Portugal: Fernando D'Eça Leal
Chefe Nacional para a Califórnia: King Solomon II
Chefe Nacional para Novo México: Robert Neal Cain Jr.
Chefe Nacional para Texsas: R. Sterling Johnson
Chefe Nacional para Maryland: Jim C. Gilmer II
Chefe Nacional para o Nebraska: Abel Acen Vidal
Chefe Nacional para a Virgínia: Joseph Proctor
Chefe Nacional para Alabama: Alfredo C. Palacol Jr
Chefe Nacional para Florida: Moacir Rebostini
Chefe Nacional para o Colorado: Jerry L. Brumley
Chefe Nacional para o Missouri: Jason Novak
Chefe Nacional para Louisiana: William Harrison
Chefe Nacional para Washington: Brad Cofield
Chefe Nacional para Utah: Roger D. Thompson
Chefe Nacional para Oregon: Marcellius Smith
Chefe Nacional para Michigan: Gerald Knowles
Chefe Nacional para a Geórgia: Javier Cola
Chefe Nacional para Illinois: Michael Chase
Chefe Nacional para Canadá: Darren Feetham
Chefe Nacional para Grã Bretanha: Emmanuel Stamatakis
Chefe Nacional para Austrália: Hector Cuellar-Castellanos

Fraternalmente!

TFA.

Colaboração:
IIr.'. Deivison Franco
Ednilson Jose dos Santos



e .'.J.'. s